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Seja bem-vindo ao "Estação 018"! Um blog pouco reticente, mesmo cheio destas reticências que compõem a existência. Que tenta ser poético, literário e revolucionário, mas acaba se rendendo à calmaria de alguns bons versos. Bem-vindo a uma faceta artística do caos... Embarque sem medo e com ânsia: "Estação 018, onde se fala da vida..."

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Sobre os professores



Falar em professores sempre é motivo para que beiremos a pieguice e entremos numa espécie de saudosismo. E acho que não vou conseguir fugir disso.

Hoje, “professor” tem um significado mais humano, culminando às vezes em ser sinônimo de “amigo”. De início, somos – alunos e professores – inimigos mortais, pois não pode haver uma relação amistosa entre o avaliado e o avaliador, então, o educador e o educando, o erudito e a página em branco. Os grandes professores são aqueles que apagam essa imagem infantil e dicotômica da nossa cabeça.

Por vezes, o ambiente escolar é hostil e rigoroso. O professor tem o dever humano de amenizar a automaticidade das coisas, humanizar o processo. Talvez seja a voz que ecoa na primeira aula do dia que faça o adolescente voltar ao mundo real e esquecer as angústias ainda abertas do dia anterior.

E, imersos num mundo denso de alunos, avaliações e reclamações, são eles que nos conectam com um mundo totalmente exato, ortográfico, histórico, geográfico ou até artístico.

Ainda que o quadro esteja em branco, a presença de um professor que faça por merecer o título que tem faz com que o dia tenha lições inscritas de modo inesquecível. O modo próprio de ensinar a tabela de senos, de explicar o que é um isômero ou uma vegetação hidrófila, de passar as regras de acentuação gráfica, de caracterizar o cenário do pós-guerra, de expor os princípios da Semana de 22 ou até de exemplificar uma lei da física marcam a vida de um aluno.

Embora muitas vezes não pareça, nós – alunos – somos necessitados de uma risada – ou uma correção - matinal, uma regrinha a mais, um assunto novo e até uma informação que nunca usaremos na vida, porque tudo isso faz parte dessa ópera – ou dessa loteria – que é a vida.

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