Bem-Vindo ao Estação 018!


Seja bem-vindo ao "Estação 018"! Um blog pouco reticente, mesmo cheio destas reticências que compõem a existência. Que tenta ser poético, literário e revolucionário, mas acaba se rendendo à calmaria de alguns bons versos. Bem-vindo a uma faceta artística do caos... Embarque sem medo e com ânsia: "Estação 018, onde se fala da vida..."

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Respingos de Genialidade #17



"Mire veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam."
João Guimarães Rosa, no livro "Grande Sertão: Veredas".

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Respingos de Genialidade #16



"Por que não havemos nós todos de dizer com absoluta sinceridade aquilo que trazemos no coração, quando sabemos muito bem que as nossas palavras não seriam em vão?"


Fiodor Dostoiévski, no conto "Noites Brancas"

terça-feira, 24 de abril de 2012

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Respingos de Genialidade #14

"Mallarmé" de Claude Manet
"O poeta é belo porque os seus farrapos
são do tecido da eternidade."


Mário Quintana, no poema "O poeta é belo"

domingo, 22 de abril de 2012

União Instável


Eu continuo aqui.


Querendo nas minhas veias
- teu puro sangue.
Querendo em minha boca
- tuas doces palavras.
Querendo em meu ouvido
- tua suave voz.
Querendo em minha cabeça
- teus nossos-pensamentos.
Querendo em minhas mãos
- tuas macias mãos.


Esperando pacientemente
por tua presença.
Esperando suavemente
por tua mensagem.
Esperando ansiosamente
por tua ligação.
Ansiando absurdamente
por ter-te em meus braços.
Enlouquecendo 
por não ouvir-te.


Mas, 
talvez seja o teu silêncio,
a maior prova
de que continuas aí,
me esperando.


Raul Cézar de Albuquerque
22/04/2012
Dedicado a  Minha Exclamação

sábado, 21 de abril de 2012

Respingos de Genialidade #13



"Eu sou professor da vida,
vago estudante da morte
e, se o que sei não lhes serve,
não disse nada, e sim tudo."


Pablo Neruda, em "No tan alto", no livro "Estravagario".

Ponto (de Pablo Neruda)


Não há espaço mais amplo que a dor,
não há universo como aquele que sangra.


Poema "Punto", de Pablo Neruda.
Escrito em 1957. Publicado no livro "Estravagario" em 1958.

Desertos



Daqui, desta janela,
eu fico com calor:
sentimentos vem à flor da pele;
memórias sobem à cabeça;
desesperos me tomam.


Ainda na janela,
eu vejo algumas coisas
que me entristecem:
o meu jardim - seco;
a minha rua - vazia;
outro jardim - seco;
outra casa - deserta.


E eu penso em 
visitar aquela casa
- é sempre bom
visitar outros desertos,
para perceber que o calor
tem suas variações.


E continuo aqui,
no deserto que criei,
vendo aquela casa deserta
com a porta entreaberta
me chamando para entrar,
mas continuo aqui.


Os ponteiros não param de girar
- em sentido anti-horário.
O Sol já se põe no leste.
E tudo permanece em ordem.


O manto azul-escuro
põe-se no céu com seus furos.
E faz frio. Faz muito frio.


E eu corro para a janela
- a fim de fechá-la -
e olho para aquela casa
- a casa deserta da porta entreaberta -
na esperança de ver alguém na janela
- alguém que possa anular 
meu frio e meu calor, meu deserto.
Mas nada vejo
e fecho a janela
- com vontade de abri-la,
de me jogar dela 
para a eternidade.


Raul Cézar de Albuquerque
21/04/2012

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Respingos de Genialidade #12


"Tem horas em que, de repente, o mundo vira pequenininho, mas noutro de-repente ele já torna a ser demais de grande, outra vez. A gente deve de esperar o terceiro pensamento."
João Guimarães Rosa, no conto "nenhum, nenhuma" do livro "Pequenas Estórias"

terça-feira, 17 de abril de 2012

Faz de Conta



Mas,
por que fazemos questão
de fazer de conta
que o faz de conta
nunca aconteceu?


Mesmo sabendo
que aqui - ou aí - dentro
plebeus foram príncipes
- sapos também.
Ou até que moças simples
vestiram-se de linho e ouro
- foram princesas, 
nem que por uma semana,
ou por um mês, 
ou ainda são princesas.


Às vezes,
crer no faz de conta,
faz tão bem para
o coração...
Suspirar por plebeias
como se fossem princesas.
E elas olhando sapos 
como se fossem príncipes.


Enquanto houver tempo,
haverá faz de conta.
E não há motivo 
para duvidarmos
que os faz de conta
existem.
Pois, 
para nossa felicidade,
eles existem.


Só não poderemos 
discernir o real do faz de conta
- só quando a história acaba,
e o príncipe volta a ser sapo,
e a princesa volta a ser fiadeira,
a ser parte da paisagem,
a ser rejeitável,
a ser ignorável.


(E o faz de conta acaba,
 assim, parte de nossa vida
 - ilusão -
 enterra-se com ele,
 some, esvai-se, 
 resta apenas a dor
 de saber que não passou de faz de conta.)


Raul Cézar de Albuquerque
17/04/2012
Dedicado a Thaís S. S. Gomes (que me deu a ideia do poema)

segunda-feira, 16 de abril de 2012

"Peço Silêncio" de Pablo Neruda

Pintura de Gustave Caillebote


Agora, me deixem tranquilo.
Agora, se acostumem sem mim.


Eu vou fechar os olhos.


E só quero cinco coisas,
cinco fontes preferidas.


Uma é o amor sem fim.


O segundo é ver o outono.
Não posso ser sem que as folhas
vão e voltem a terra.


O terceiro é o grave inverno,
a chuva que amei, a carícia
do fogo no frio silvestre.


Em quarto lugar, o verão
redondo como uma melancia.


A quinta coisa são teus olhos,
Matilde minha, bem-amada,
não quero dormir sem teus olhos,
não quero ser sem que me olhes:
eu mudo a primavera 
porque tu me segues olhando.


Amigos, isso é o que quero.
É quase nada e quase tudo.


Agora, se querem podem ir.


Vivi tanto que um dia
terão que esquecer-me por força,
apagando-me do quadro:
Meu coração foi interminável.


Mas, por que peço silêncio
não creiam que vou morrer-me:
me passa todo o contrário:
acontece que vou viver-me.


Acontece que sou e que sigo.


Não será, pois, só que aqui dentro
de mim cresceram cereais,
primeiro os grãos que rompem
a terra para ver a luz,
mas a mãe-terra é escura:
e dentro de mim sou escuro:
sou como um poço em cujas águas
a noite deixa suas estrelas
e segue só pelo campo.


Se trata de que tanto vivi
que quero viver outro tanto.


Nunca me senti tão sonoro,
nunca tive tantos beijos.


Agora, como sempre, é cedo.
Voa a luz com suas abelhas.


Deixem-me só com o dia.
Peço permissão para nascer.


Poema "Pido Silencio" de Pablo Neruda.
Escrito em agosto de 1957. Publicado em 1958, no livro "Estravagario".
Fielmente traduzido por Raul Cézar de Albuquerque.

Charles Baudelaire: Vida e Obra


Charles Baudelaire, um escritor, crítico e teórico de arte nascido em Paris (França), considerado por muitos críticos o pai da poesia moderna.
Baudelaire nasce em 1821, numa família religiosíssima, cujo pai era sacerdote e a mãe, beata. Mas, seu pai morreu quando ele era muito jovem e sua mãe casou-se com um oficial do Exército. Seu padrasto, então, enviou-o para o internato no Collège Royal, em Lyon. De lá, ele foi transferido, por alguns atos de insubmissão, para o Collège Luis-Le-Grand, de onde foi expulso por indisciplina em 1839.
Expulso do internato, Charles vive em Paris a vida que sempre sonhou (o que ele mesmo chamava de "vie libre"), uma vida dissoluta, período no qual ele "torrou" sua herança e acumulou dívidas. Nesse mesmo período, Baudelaire entra no meio artístico e literário parisiense.
Em 1857, ele lança o incendiário livro "As Flores do Mal", uma coletânea de 100 poemas com lirismo introspectivo, pesado, inconvencional e negro. Tão revolucionário que 6 poemas foram censurados - e que foram trocados por outros seis "mais belos que os suprimidos", segundo o próprio. 
O boom revolucionário de sua poesia foi inicialmente classificado como simbolista - movimento que muito influenciou com suas ideias - mas depois percebeu-se que ele era supra-acadêmico - o que faz alguns crerem que ele é o precursor do modernismo.
Assim ele ganhou fama na boemia de Paris, como tradutor de Edgar Alan Poe, poeta, crítico dos salons de Paris e como romancista, graças ao lançamento de "A Farfalo" em 1847 (livro que só ficou conhecido após a polêmica de "As flores do Mal").
Em 1861, lançou "As Flores do Mal" na versão original com os poemas antes retirados pela censura.  
A partir daí, sua saúde começou a ir-se - tanto a física quanto a mental -, cogita-se que tenha sido acometido pela sífilis quando jovem. Na Bélgica, sofreu uma queda que o impossibilitou de ler e escrever, morreu num sanatório parisiense, sem ter o prazer de ver sua obra refletindo em outros grandes nomes da poesia universal - mas geralmente ocorre assim, não é?!


São dele os seguintes e polêmicos versos:


"Se o veneno, a paixão, o estupro, a punhalada
Não bordaram ainda com desenhos finos
A trama vã de nossos míseros destinos,
É que nossa alma arriscou pouco ou quase nada."
Charles Baudelaire

domingo, 15 de abril de 2012

Por que ler?

Nos dias atuais, tem sido cada vez mais difícil incentivar o hábito da leitura. Por um simples motivo, a modernidade pede fins práticos, quando a literatura oferece meios subjetivos - e essa incongruência grita na sociedade. 
Há pouco tempo, uma pesquisa oficial revelou que cada brasileiro lê, em média, 4 livros por ano - dos quais só dois são lidos até o fim, e nem quero questionar o que leem.
Então, nessa selva brasileira em que só lê quem tem paixão - e paixão mesmo - pelas letras impressas - caso de poucos privilegiados -, percebemos uma sociedade impensante, alienada e quase acéfala.
Assim, grandes nomes vão sendo esquecidos, livrarias vão sendo fechadas e a sociedade vai se acostumando a isso de modo espantoso. E, se o caso da prosa é grave, imagine o da poesia: livros premiadíssimos nem são comprados pelas livrarias, pois é lógico que não sairão das prateleiras.
Nestes dias, eu tive que encomendar um livro de Vinícius de Moraes, algo inadmissível, já que este é um dos poucos grandes nomes da nossa poesia. Assim, nem pergunto pelos livros de Walt Whitman, Chales Baudelaire, Fernando Pessoa, Augusto dos Anjos e de tantos outros esquecidos.
Nesse cenário, Milton Hatoum soltou uma que além de ser muito verdade, ainda penetra nesse campo da necessidade da leitura. Num bate-papo público, ele disse isto:

"Bem, vocês que são jovens corajosos, abram o ‘Grande sertão’ e leiam as 565 páginas. Isso para mim é um ato de coragem, ler ‘O jogo da amarelinha’, do Cortázar. Leia ‘Guerra e paz’. É um ato de coragem, transgressor, vai fazer bem para a sua vida, para a sua alma, para as conversas com a namorada. É um assunto e tanto. Já pensou, ‘Guerra e paz’? Três anos de conversa. Poucos momentos de silêncio e tédio. Chega o tédio, você fala: 'tem uma cena no Grande sertão…'. É um casamento, uma vida inteira. Quando ele entra nas veredas mortas… sabe por que veredas mortas? Porque alguma coisa vai acontecer. É um lugar sombrio, obscuro. Conta isso para ela."

sábado, 14 de abril de 2012

Estrangeiro



E, aos poucos,
comecei a sentir-me um estrangeiro.
Sentindo que nada aqui
me pertencia ou me pertenceria.
Percebi-me um estrangeiro
que nada tem em comum
com a terra que transitoriamente habita.


Senti-me como aquele que
- sem perceber -
vai seguindo um alvo duvidoso
- ou pior, um alvo desconhecido.
Aquele que segue por seguir,
mas não sabe aonde vai
- nem por onde irá.


Vendo o curso dos rios
- que correm tão certos de seu fim -
invejei-os.
Vendo um bando de aves
- que voavam juntamente -
invejei-as.
Vendo um cão 
- que latia para um poste -
invejei-o, 
pois, ao menos, 
ele sabia para onde latir.


Um estrangeiro - perdido.
Senti-me quase assim.
O sentimento exato possui
um tom de loucura - de desespero.
O mais desesperado dos seres loucos perdidos - eu.


Desculpe-me
- permita-me uma correção:
Eu não me senti um estrangeiro.
Eu sou um estrangeiro.


(Eu, o mais estranho dos estrangeiros,
 pois desconheço minha terra natal.
 Em nenhum lugar que conheci,
 senti-me em casa - nunca.)


Raul Cézar de Albuquerque
14/04/2012

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Respingos de Genialidade #11

"A crueza do mundo era tranquila. O assassinato era profundo. E a morte não era o que pensávamos."
Clarice Lispector, no conto "Amor" do livro "Laços de Família". 

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Imagem Letrada #21


Incerteza



Pela primeira vez,
em muito tempo,
eu não senti
aquela certeza
(Na verdade,
esta certeza,
pois é tão minha
que não pode estar longe
- longe de mim).


Eu não tive certeza.
A certeza de estar certo
- nem a de estar errado.
Não estive certo de nada.


Isso durou alguns instantes.
Mas não foi - de todo - ruim.


Há muito tempo,
eu não sentia aquele calor de existência
- nem aquele tom de humanidade
- muito menos o toque do incerto presente.


Eu gostei de desconfiar do futuro
- mesmo que por aqueles 
míseros segundos eternos.


Eu gostei de sentir o presente
como uma construção 
recém-acabada
- planejada desde a eternidade,
mas só ali concretizada.


Eu gostei.
Gostei de ser humano
- mesmo que só por um momento.


(Pois a incerteza é humana.
 E não há nada mais humano
 Que a incerteza.
 A mais vil, tortuosa,
 traspassante, tocante,
 louca, triste e humana
 Incerteza.)


Raul Cézar de Albuquerque
09/04/2012

sábado, 7 de abril de 2012

O Polêmico Günter Grass

Günter Grass


Günter Grass recebeu o Nobel de Literatura de 1999, pois "com fábulas negras, desenhou o rosto oculto da história."(citação da Academia Sueca)

Conhecido pelo seu livro "O Tambor", lançado em 1959, um livro revolucionário e cheio de ideias socialistas, Günter fez-se polêmico desde então. 
Mas, em 2006, a Academia Sueca e o resto do mundo ficaram surpresos com a revelação de que ele, Grass, serviu na SS de Hitler - o que quase acabou com sua reputação perante o conservador mundo da literatura.
Depois descobriu-se que ele fez parte também da juventude hitlerista. Embora tenha nascido na Polônia, ele serviu em cidades alemãs e depois estudou arte em Berlim e Düsseldorf.

Mas isso tinha ficado para trás. Até que, no dia 04 de abril deste ano, Grass expôs mais uma de suas fábulas negras. Publicou o poema "o que deve ser dito" num jornal do sul da Alemanha. Ele escreveu:

Por que motivo só agora digo,
já velho e com a minha última tinta,
que Israel, potência nuclear, coloca em perigo
uma paz mundial já de si frágil?

Usando o status de Nobel de Literatura, ele publicou um poema altamente antissemitista e antissionista. E quando um alemão publica palavras contra Israel, nós lembramos de um cara  megalomaníaco de bigode marcante... Ele ainda diz, numa aliviação de tom...

Só assim poderemos ajudar todos,
israelenses e palestinos,
mas também todos os seres humanos
que nessa região ocupada pela demência
vivem em conflito lado a lado,
odiando-se mutuamente,
e decididamente ajudar-nos também.



Esperemos o desenrolar da situação... Apoiado pela comunidade  árabe, ele deve explicar algumas coisas ainda! Lembro-me do Neruda que, com sua poesia altamente política, nunca ofendeu nenhum povo, muito menos um que tanto já sofreu...

"Ode a umas Flores Amarelas" de Pablo Neruda



Contra o azul movendo seus azuis,
o mar, e contra o céu,
umas flores amarelas.


Outubro chega.


E ainda que  seja
tão importante o mar desenvolvendo
seu mito, sua missão, seu fermento,
explode 
sobre a areia de ouro
uma só 
planta amarela
e se amarram
teus olhos à terra,
fogem do magno mar e seus batimentos.


Pó somos, seremos.


Nem ar, nem fogo, nem água
e sim
terra
só terra
seremos
e talvez
umas flores amarelas.


"Oda a unas flores amarillas", de Pablo Neruda.
Escrito em Caracas, Venezuela, em 14/07/1957.
Publicado em "Tercer libro de las odas", de 1957.
Poema traduzido fielmente por Raul Cézar de Albuquerque.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Respingos de Genialidade #10



"Releio algumas linhas, que me desagradam. Não vale a pena tentar corrigi-las. Afasto o papel."


Graciliano Ramos, no livro "S. Bernardo"

Respingos de Genialidade #9



"Ah viajante,
não é névoa,
nem silêncio,
nem morte,
o que viaja contigo,
e sim
tu mesmo com tuas muitas vidas."


Pablo Neruda, em "Ode ao caminho"

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Microconto #3



"Ao subir da alva bandeira, os tiros tornaram-se silenciosos."


Microconto "Paz" de Raul Cézar de Albuquerque.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

"Sou" de Jorge Luis Borges





Sou o que sabe que não é menos vão
que o vão observador que no espelho
de silêncio e cristal segue o reflexo
ou o corpo (dá no mesmo) do irmão.


Sou, tácitos amigos, o que sabe
que não há outra vingança que não o esquecimento
nem outro perdão. Um deus concedeu
ao ódio humano esta curiosa chave.


Sou o que, apesar dos ilustres modos
de errar, não decifrou o labirinto,
singular e plural, árduo e distinto,


do tempo, que é um e é de todos.
Sou o que é ninguém, o que não foi espada
na guerra. Sou eco, esquecimento, nada.


Poema "Sou", de Jorge Luis Borges.
(Uma das maiores injustiças do Nobel)
Fielmente traduzido por Raul Cézar de Albuquerque.

domingo, 1 de abril de 2012

Devaneio #8




"E, quando eu escrevo, eu não o faço para que as pessoas me leiam, mas para que eu possa me ler." (C.P.)