Bem-Vindo ao Estação 018!


Seja bem-vindo ao "Estação 018"! Um blog pouco reticente, mesmo cheio destas reticências que compõem a existência. Que tenta ser poético, literário e revolucionário, mas acaba se rendendo à calmaria de alguns bons versos. Bem-vindo a uma faceta artística do caos... Embarque sem medo e com ânsia: "Estação 018, onde se fala da vida..."

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Imortalidade...



Seguindo a linha do "Envenenar-me", este poema vai apresentar um novo e tenebroso desejo em mim. O desejo de imortalidade é o assunto do poema, gostei da técnica de retomada que vejo como uma marca minha. Mas lendo o poema, percebo... preciso fazer análise:



Eis o principal anseio da humanidade.
Eis o motivo de toda e qualquer ação.
Eis o nosso sonho, a imortalidade
Que não passa de revolta a nossa condição.

Esta condição de insignificância,
De penosa e lastimável fragilidade,
Esta situação de mendicância
Sempre querendo mais vitalidade.

Esta vitalidade que nos vai sendo tirada.
Esta nossa vida que se vai com o tempo.
Esta eternidade que é tão almejada,
Mas que, distante, nos faz viver o momento.

Este momento de medo e incerteza.
Este breve período de condição humana.
Este que é breve com certeza,
Pois a morte sempre nos engana.

Engana-nos falando de uma longa vida
Que não existe nem em pensamento,
Pois, se pensarmos, a nossa despedida
Pode acontecer a qualquer momento.

Voltamos ao momento de incerteza
Que nos perseguirá pela eternidade.
E, é esta duvidosa eternidade tem a beleza
Que nos faz sonhar com a imortalidade.

Raul Cézar de Albuquerque
16/12/2011

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