Bem-Vindo ao Estação 018!


Seja bem-vindo ao "Estação 018"! Um blog pouco reticente, mesmo cheio destas reticências que compõem a existência. Que tenta ser poético, literário e revolucionário, mas acaba se rendendo à calmaria de alguns bons versos. Bem-vindo a uma faceta artística do caos... Embarque sem medo e com ânsia: "Estação 018, onde se fala da vida..."

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Autor e Obra...


Há algum tempo, venho pensado em fazer um poema mais metalinguístico, algo em que eu escrevesse sobre o ato de escrever. Depois de muito processo de projeção mental do poema, decidi [finalmente] escrevê-lo:

Versos, queridos versos, meus versos,
Já não sei se vos sou beneficiário ou prisioneiro.
Pois nesse relacionamento controverso,
Não sei o que virá, mas gosto do que já veio.

Versos, meus versos, versos queridos,
Às vezes fluem com incrível e inefável facilidade,
Como se precisassem ser urgentemente lidos
Por cada alma que compõe a Humanidade.

Queridos versos, meus versos, versos,
Às vezes preciso expulsá-los de minha mente,
Como se, por motivos diversos,
Todo meu ser os odiasse de repente,
Pois me fazem como réu confesso,
Falando do que me aflige interiormente.

Versos, queridos versos, versos meus,
Não vos posso esquecer nem negar,
Pois escolheram este meu pobre eu
Para perturbar ou só para nele habitar.

Versos, meus versos, queridos versos,
Já não sei se vos sou beneficiário ou prisioneiro.
Mas independente do resto, eis o que vos peço:
Fluam, pois se ninguém os ler, eu os leio.

Raul Cézar de Albuquerque
09/12/2011

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