Após o vestibular, passei a olhar para tudo com um tom mais poético... O poema que vem a seguir é fruto disso:
Queres ser feliz, caro leitor?
Acho que todos querem alcançar a felicidade,
Pois sem este pleno amor,
Amor pela vida, não há sonhos nem liberdade.
Queres realmente ser feliz, caro leitor?
Então, vai até a janela e vê.
Vê a felicidade que nasce junto à flor.
A felicidade de simplesmente ser.
A felicidade que está em existir.
Que não depende do salário ou do clima.
Que não consegue pensar só em si.
Que não liga se está embaixo ou acima.
É a felicidade do cotidiano.
A mais pura e eficaz felicidade.
Aquela felicidade sem dano.
A felicidade do milagre.
Do milagre do primeiro raio de luz
Que fura a noite para o alvorecer.
Dos lírios do campo que nascem nus,
Mas embelezam-se a cada amanhecer.
Dos pássaros que executam sinfonias.
Das belas crianças que acordam lentamente.
Das pessoas que acumulam alegrias.
Dos que estariam tristes, mas estão contentes.
O milagre do sol que fulge ao meio-dia
E das pessoas que correm apressadas,
Sem esquecer a árvore que, nada fugidia,
Assim como a verdade, permanece parada.
O milagre do arrebol que toma a imensidão
Bem no finalzinho da tarde.
Ou, em última instância, o milagre de um coração
Que antes só batia e agora, arde.
Raul Cézar de Albuquerque
11/11/2011
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