O Sol já terminou o expediente,
Exausto, ele acaba sua jornada.
A Lua vem trabalhar novamente,
Vem iluminar a cidade agitada.
A cidade que não dorme, nem dormita.
Ônibus e carros dão continuidade
A valsa das luzes, nunca interrompida,
Uma valsa de faróis na cidade.
Mulheres que deitam depressivas,
Ou que se entregaram à vulgaridade,
Ou que trabalham compulsivas,
Ou em busca de paz, de verdade.
Homens que buscam o prazer,
Ou que trabalham preocupados,
Ou que estão sem ter o que fazer,
Ou que tentam dormir cansados.
O vento passeia por árvores e ruas,
O frio toca crianças... abandonadas,
O vento passa por pernas... nuas,
Ou vê famílias... desabrigadas.
Depois da insônia, não vem alegria.
O Sol traz o trabalho e o colégio.
Compromissos e sono, um novo dia.
Na cidade, dormir é um privilégio.
Raul Cézar de Albuquerque
18/06/2011
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