Eu pareço duvidar muito mais,
A cada mínimo segundo que passa,
De conceitos de mil anos atrás
Que de minha inteligência escassa.
Minhas dúvidas se multiplicam
De modo espantoso e instigante,
Elas me elevam e me complicam,
Fazem de mim, um ser pensante.
Para cada rara certeza absoluta
Tenho cem perguntas sem resposta.
Para uma simples dúvida irresoluta
Tenho seiscentas ideias opostas.
Uma fábrica de dúvidas em mim,
De dúvidas, interrogações e perguntas,
Umas dizem que não, outras que sim,
Todas intrínsecas, pessoais e profundas.
Quem é quem? Quem sou eu?
Por que choro, sofro e sinto dor?
Por que só penso no que é meu?
O que é a vida? O que é o amor?
São poucas as certezas
E as dúvidas são numerosas,
Mas não nego a beleza
Das nossas certezas duvidosas.
Raul Cézar de Albuquerque
07-08/03/2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário