Bem-Vindo ao Estação 018!


Seja bem-vindo ao "Estação 018"! Um blog pouco reticente, mesmo cheio destas reticências que compõem a existência. Que tenta ser poético, literário e revolucionário, mas acaba se rendendo à calmaria de alguns bons versos. Bem-vindo a uma faceta artística do caos... Embarque sem medo e com ânsia: "Estação 018, onde se fala da vida..."

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Os Grandes Literários da Ficção Científica...

Diferente do que se pensa, ficção científica não é coisa nova, pelo menos não na literatura... Tudo começou com um livro que tentou trazer uma releitura de uma obra histórica de Ésquilo, Prometeu Acorrentado...

Mary Wollstonecraft Shelley é a romancista gótica inglesa que escreveu O Prometeu Moderno que ficou mais conhecido como Frankenstein (1818). Com essa obra, ela praticamente inventou a ficção científica. Frankenstein é um drama que tem inicio, meio e fim permeados por experiências científicas. Maurice é uma obra de ficção infantil e científica – difícil de achar nesses nossos dias tão inférteis – que traz dilemas infantis e reflexões sobre a gestação humana – a obra teve grande importância pessoal para Shelley, pois ela já havia perdido muitos bebês. O Último Homem (1826) – é um tipo de Hancock só que mais inteligente – fala de uma peste – por isso é científica – que só deixa um homem vivo que se esconde na Caverna de Sibila e lá pensa sobre nossos tão simples dilemas. A obra de Shelley é tão profética quanto esquecida.
Júlio Verne
Jules Gabriel Verne é um escritor que reivindica o título de pai da verdadeira ficção científica com obras como 20.000 léguas submarinas (1879) que previu a criação do submarino; A volta ao mundo em 80 dias (1873) que fala de meios de transportes conhecidos e imaginários (até então) ; Robur, o conquistador (1883) predisse a invenção do helicóptero; O dia de um jornalista americano em 2889 (1889) falou sobre a construção de possíveis arranha-céus no “futuro”; Da Terra à Lua (1865) faz quase um prefácio à “Os primeiros homens na Lua” de H. G. Weels; e Viagem ao Centro da Terra (1864) que prova toda a imaginação deste advogado francês.

Herbert George Wells é o escritor inglês que é considerado o pai da ficção científica – dividindo o posto com Júlio Verne –, pois escreveu livros que são – até hoje – referenciais em termos de ficção científica como A máquina do tempo (1895) e O homem invisível (1897). O jornalista que previu a ida do homem à Lua no romance Os primeiros homens na Lua (1901). O sociólogo que comentou os efeitos de uma guerra no mundo de sua época em A Guerra dos Mundos (1898). O historiador que falou das guerras mundiais antes delas acontecerem no livro Guerra no Ar (1908). Sua obra antecipou o desenvolvimento dos tanques militares, da bomba atômica, da engenharia genética, das viagens espaciais, da União Europeia e da ascensão do fascismo.

Isaac Asimov
Isaac Judah Ozimov é um dos mais destacados escritores da era de ouro da ficção científica americana. Ozimov é um ícone da literatura se falar de ficção científica, seu nome se confunde com a própria ficção científica americana, para ter uma ideia: ele criou o termo “robótica”. Foi o primeiro a tratar de robôs como entendemos atualmente, máquinas com cérebros que buscam igualar-se aos cérebros humanos. Seu livro Eu, Robô (1950) – livro que se tornou filme estrelado por Will Smith – fala da parte ética e humana da robotização e das três leis da robótica que são discutidas e aceitas até hoje como referenciais para o avanço da robótica. A obra O homem bicentenário (1976) trata do avanço tecnológico ao ponto de humanizar o que é inumano. Sua obra é tão futurista quanto realista para nós que vivemos hoje e aqui.

Se Houvesse Um Manual de Instruções...

Ás vezes, eu penso que a vida
Poderia ser menos conflitante,
Poderia facilitar a despedida,
Poderia ser simples e edificante.

Ás vezes, eu acho que seria melhor
Se a vida fosse uma ciência exata,
E que, mesmo que a emoção fosse menor,
Não houvesse esse receio que me mata.

Ás vezes, eu chego à conclusão
De que deveríamos ter um manual de instruções,
Que nos desse alguma direção,
Ou que direcionasse nossas ações.

Ás vezes, eu busco algo que me leve
Para uma direção certa ou errada,
Ás vezes, eu busco algo que me eleve
Ou que facilite a minha caminhada.

Mas com todos esses pensamentos,
A vida acaba ficando por um triz,
E, provavelmente, será nesse momento
Em que abrirei o manual e lerei: Seja Feliz!

Raul Cézar de Albuquerque
19/02/2011

Algumas Dúvidas...

Hoje, fiz uma coisa que nunca faria...
Eu abrindo mão de estudar, quem diria?!
E o motivo? Não me pergunte, não sei dizer.
No momento, pareceu-me o melhor a se fazer.

Ajudar um amigo tornou-se a prioridade,
Não sei dizer se foi compaixão,
Aliás, não sei nada sobre aquela situação,
Fugiu da minha normalidade.

Talvez seja um sentimento que as garotas conhecem,
E os meninos precisam aprender,
Sem isso é impossível viver,
E os meninos que se apressem.

Um sentimento excepcional
Que prova a imortalidade da nossa dependência,
Para entendê-lo não há ciência,
É intimamente emocional.

E ainda que alguns achem que é a saudade,
Vou dizer e explicar qual é a verdade:
Quando seus conceitos não aderem à realidade,
Tenho que dizer é uma bela amizade.

Raul Cézar

Perdendo com a Desobediência...

Israel estava sendo oprimido há 40 anos pelos filisteus, Deus tomou uma providência... Fez Sansão nascer...


“Descobriu-lhe todo o coração e lhe disse: Nunca subiu a navalha à minha cabeça, porque sou nazireu de Deus, desde o ventre da minha mãe; se vier a ser rapado, ir-se-á a minha força, e me enfraquecerei e serei como qualquer outro homem” (Jz 16.17)

Sansão tinha derrubado mil homens filisteus com uma queixada de burro e tinha pegado trezentas raposas num dia... Ele era separado por Deus... Mas desobedeceu e foi separado de Deus.

Sansão desobedeceu a Deus e a seus pais casando-se com Dalila, pondo os seus desejos na frente dos planos de Deus... Com a desobediência, Sansão perdeu...

1. A Presença de Deus: Quando cortou o cabelo, Sansão abriu mão da ação de Deus em sua vida. (Jz 16.18)

2. A Força: Dalila cortou o seu cabelo e “retirou-se dele a força” (Jz.16.19).

3. A Visão: Sansão perdeu a visão, seus olhos foram vazados (Jz 16.21).

4. A Liberdade: Sansão foi preso a duas cadeiras de bronze (Jz 16.21)

5. A Vida: Sansão estava tão envergonhado que se matou, matando seus inimigos (Jz 16.30)

Os Grupos Políticos e Econômicos do Mundo...

Já se foi o tempo em que os países brigavam por ideologias – exigia muita inteligência, e os poucos que a tinham não queriam usá-la –, hoje em dia se briga por dinheiro, pois o forte quer se juntar com os fracos para ficar mais forte e os fracos querem se juntar aos fortes para fortalecerem-se – é uma guerra!


Depois que se descobriu que – também na prática – a união faz a força não faltaram grupos e mais grupos fortes ou fracos, pobres ou ricos, grandes ou pequenos, e todos com o mesmo fim: Acumular capital – ganhar dinheiro é coisa de pobre!

Vou aqui citar os principais G’s do mundo e discorrer sobre eles:

G2: EUA e China (as duas maiores potências do mundo)

G4: Brasil, Alemanha, China e Índia (candidatos a membrasia permanente do Conselho de Segurança da ONU)

G7: EUA, Japão, Canadá, Inglaterra, França, Alemanha e Itália (os sete países mais industrializados do mundo. Obs.: a China não entra por não ter nenhuma marca global).

G8: EUA, Japão, Canadá, Inglaterra, França, Alemanha, Itália e Rússia (é o G7 mais a Rússia).

G8+5: Nasceu da brilhante ideia – sem ironia – do então primeiro-ministro inglês, Tony Blair, que em 2005 foi o anfitrião da reunião anual do G8 e – crendo que o futuro estava na cooperação entre países ricos e emergentes – chamou mais cinco países: Brasil, China, Índia, África do Sul e México.

G20: Os anos 90 foram anos difíceis para os países ricos – em termos econômicos –, por isso os países emergentes ganharam destaque no cenário mundial nessa época, então os países ricos – com medo de serem passados para trás – decidiram formar um grupo com as 19 maiores economias do mundo e a União Europeia. São seus membros: EUA, Japão, Canadá, Inglaterra, França, Alemanha, Itália, Rússia, Brasil, Argentina, África do Sul, Índia, China, Indonésia, Austrália, Coreia do Sul, Turquia, Arábia Saudita, México e a União Europeia.

G77: Em 1964, setenta e sete países subdesenvolvidos formaram um grupo chamado G77. Eles juntaram-se para ter vez e voz perante a ONU. Começou com 77, mas hoje tem 131 países-membros, que tiveram sua reunião mais importante em Argel – capital da Argélia – onde escreveram a Carta de Argel que é o principal documento do grupo. O grupo abrange toda a África, America do Central e do Sul – menos a Guiana Francesa –, o Oriente Médio – menos Israel –, o Extremo Oriente – menos o Japão e a Coreia do Sul –, o Sul e o Sudoeste Asiático, a Oceania – menos a Austrália.


Atenas e Esparta...

Esparta é o estagio em que estamos e Atenas é o estágio ideal. Discorramos sobre isso...


Esparta era um lugar em que o pensamento era guiado pela tradição, enquanto Atenas é uma estimuladora de mentes pensantes...

Esparta era um lugar marcado pela oligarquia, ou seja, o poder era de poucos, enquanto Atenas incorporava o poder da maioria, Atenas é a própria democracia...

Esparta era um permanente acampamento de guerra, mas Atenas é o berço dos nossos padrões educacionais, estéticos e científicos...

Esparta era lacônica, já Atenas é um marco na história da oratória...

Esparta tinha dois reis, Atenas fez de seus cidadãos seus reis...

Esparta era... Atenas é...

Metáforas bem reais...

Ás vezes, nós usamos expressões cuja procedência nos é desconhecida... Expressões tão batidas que nós nem percebemos que são sutis metáforas. Muitas delas vêm desde o latim ou do português galego (ou galaico)...

O maior exemplo é a relação tempo-espaço, pois o espaço parece ser algo bem mais palpável que o tempo... Por isso dizemos “daqui a uma hora” ou “dentro de cinco minutos”, ou seja, falamos do tempo como uma estrada em que o espaço percorrido é o passado, o espaço por vir é o futuro e estamos caminhando no presente. A própria palavra “intervalo” é uma metáfora espaço-temporal, pois, em latim, vallum quer dizer estaca e intervalo quer dizer entre estacas... O contrário também ocorre quando dizemos “depois da esquina” ou “durante da rua”, chegando a uma isotopia entre “depois” e “além” ou entre “durante” e “em”.

As fontes de um jornalista são uma analogia às nascentes dos rios. Promover um evento é – literalmente – pô-lo para frente (pro: adiante). Quando alguém “sobe na vida” ou é um “alpinista social” faz-se uma na analogia à pirâmide da sociedade. A expressão estar “sob controle” ou “por cima” vem da ideia de que quem domina está em cima e o dominado está embaixo. “Centralizar poder” vem da ideia de que quem tem poder está no centro das decisões e das atenções. Desenvolver um texto ou um argumento é literalmente desenrolar (desarollar em espanhol), fazendo menção ao desenrolar de um rolo de pergaminho. Lavrar um documento tem direta ligação com a lavra da terra, por causa das tábuas de argila usadas na Antiguidade. Texto é concretamente tecido, produzido linha a linha como numa manufatura. Enredo é o que liga (enreda) os personagens como uma rede. Descobrir é tirar o que cobria um conhecimento de algo desconhecido. Revelar é retirar o véu do que estava oculto. Esclarecer é tornar claro qualquer fato obscuro. Expressar sentimento é realmente empurrá-lo para fora (ex: para fora; pressare: pressionar, empurrar). “Abrir a cabeça”, “Cabeça vazia” ou “Tirar da cabeça” faz referência ao latim em que testa quer dizer pote ou ao alemão em que Kopf (cabeça) quer dizer copo.

Estes são meros exemplos, eles estão por aí e estendem-se (como um elástico!) infinitamente...

Crítica do Filme "Cisne Negro"

O filme é superpremiado, sucesso de público e crítica, com vários prêmios e várias indicações. O elenco não é muito conhecido – pelo menos não por estas nossas bandas –, mas conta com a classe e a entrega da estrela Natalie Portman que – por acaso ou não – faz o papel principal.

Nina (Portman) é uma bailarina que acredita em sua carreira, mas nunca teve uma chance de mostrar seu verdadeiro potencial, pois sempre pegava papéis simples e pequenos. Até que ela decide que naquele ano ela daria tudo para ser a estrela do balé de sua companhia, então, no primeiro ensaio, o líder da companhia lhes disse que naquele ano eles apresentariam a peça “O Lago dos Cisnes”, mas com um acréscimo, a bailarina que faria o Cisne Branco seria a mesma que iria interpretar o Cisne Negro, era a chance de Nina.

Nina é tecnicamente impecável – “garota meiga” – logo seria um ótimo Cisne Branco, a dificuldade se apresentou quando teve que fazer o Cisne Negro – maligno, descontrolado, sedutor, impuro. Ela ganha o papel... Mas terá que buscar o Cisne Negro que há nela...

O filme é forte – não apelativo –, é intenso – não pesado –, é conflitante – não confuso. É genial – no sentido mais absurdo da palavra...

Quero acabar o post com a última frase do filme: Is Perfect!

Crítica do Filme "Dúvida"

Filme com indicação a 5 Oscar® e baseado em uma peça ganhadora do Pulitzer®, Dúvida é um filme instigante com gênios em seu elenco como Philip Seymour Hoffman e Amy Adams, além da incrível Meryl Streep, considerado um dos melhores filmes do ano por quatro das revistas mais conceituadas nos Estados Unidos.

O filme começa com um sermão do padre Flynn (Hoffman) falando sobre a mais inerente sensação humana, a dúvida. O filme corre com as certezas duvidosas da madre Aloysius (Streep) sobre o caráter e a conduta do padre Flynn, a estória prossegue mostrando algumas evidências de que o padre Flynn não é santo o suficiente para o cargo e a madre Aloysius quer ser a justiceira dos fiéis de Flynn que – teoricamente – estão sendo enganados. Ela vai atrás de provas, mas não acha nenhuma conclusiva... Uns atos provam que ela está certa, outros provam que ela está errada e persiste a dúvida... Unicamente tocante!

II Timóteo 3.1-5

“Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes”. (IITm. 3.1-5)


É por isso que admiro o apóstolo Paulo! Que exortação! – a palavra exortação pode ser usada como repreensão, mas originalmente significa ensino. Nem Durkheim, nem Comte, nem Weber, muito menos Lévi-Strauss definiriam tão bem a nossa sociedade.

Mas vamos ao estudo da passagem da maravilhosa e Sagrada Escritura... Vou discorrer sobre cada característica do “homem do fim dos tempos” definido pelo sociólogo Paulo:

Egoísta: Amante de si mesmo; incapaz de fazer algo em favor de outro. O noticiário é a prova de que Paulo estava certo, homens incapazes que pensar no próximo e que por isso fazem mal.

Avarento: Idólatras (Ef. 5.5); capazes de fazer o que for preciso para ter dinheiro. “porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males” (ITm. 6.10a). A sociedade atual não quer dinheiro, ela idolatra o dinheiro e quem o tem.

Jactancioso: Vaidoso; soberbo; que pensa que não precisa de ninguém, muito menos de deus. Mas deus cuidará dele: “ainda que o Senhor é excelso, atenta para o humilde; mas ao soberbo conhece de longe” (Sl. 138.6)

Arrogante: Orgulhoso; presunçoso; que se vangloria – vangloriar é gloriar-se em vão ou por motivo vão – considerando-se mais importante e... “olhar altivo e coração orgulhoso, a lâmpada do perverso, são pecado” (Pv. 21.4).

Blasfemador: Xingador; escarnecedor; que zomba de deus, da palavra, do sacrifício de Cristo e de tudo que se considera sagrado. Mas “não vos enganeis: de Deus não se zomba” (Gl. 6.7).

Desobediente aos pais: Adolescente imaturo, jovem rebelde ou adulto revoltado que não leva em conta o quarto mandamento e primeiro com promessa: “honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem teus dias na terra” (Ex. 20.12).

Ingrato: Incapaz de dizer o mais simples “obrigado”; não dá graças a deus por tudo que possui. Mas a palavra diz “em tudo dai graças, porque esta é a vontade de deus em Cristo para convosco” (ITs. 5.18).

Irreverente: Profano; sem respeito pelo evangelho; faz pouco caso do que é sagrado; é como esaú que desprezou a primogenitura e não se deu bem (Hb. 12.16).

Desafeiçoado: Desprovido de afeto; sem amor pelo próximo; transtornado ao ponto de não ter o afeto natural – natural do ser humano, independente da aceitação do evangelho.

Implacável: Duro; irreconciliável; incapaz de perdoar; sedento por vingança; baú de ressentimentos.

Caluniador: Fofoqueiro; capaz de inventar histórias para ver o mal do próximo; aquele que chega a fazer grande esforço só para espalhar uma mentira; busca no ato de caluniar algo que o torne maior ou melhor que o caluniador – um pobre coitado –, mas “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo. 8.32)

Sem domínio de si: Incapaz de se controlar; incontinente; desequilibrado; insaciável, principalmente em relação ao pecado; aquele que não desenvolveu o fruto do espírito domínio próprio.

Cruel: Violento; aquele que mata, que estupra, que tortura, que faz o mal por prazer ou por insubmissão;

Inimigo do bem: aquele que não revela amor nem para quem lhe faz o bem; mas Cristo diz para nós amarmos até nossos inimigos (Mt. 5.44).

Traidor: Finge-se de amigo, mas volta-se contra quem lhe é fiel; é um inimigo do bem acentuado, pois se torna inimigo de seu amigo.

Atrevido: Obstinado; teimoso; aquele que insiste no pecado mesmo depois de advertido; mas triste será o fim do que permanecer agindo assim, pois “o homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz será quebrantado de repente sem que haja cura” (Pv. 29.1)

Enfatuado: É um orgulhoso, presunçoso, vaidoso, mas com um acréscimo é incapaz de “descer do pedestal” e pedir ajuda.

Mais amigo dos prazeres que de Deus: Hedonista; amante dos deleites; profano; aquele que nem pensa em buscar o reino de deus; não aprendeu que o verdadeiro prazer está na palavra de deus (Sl. 1.2).

Tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder: Parece ser seguidor de Cristo e fala de piedade, mas não faz uso dela; é aquele que chega pra você e diz: é... Eu creio em deus. Mas não há nele o caráter de Cristo; são os famosos e citados “sepulcros caiados” (Mt 23.24-28).

Descobridor...

Vendo minha reação de inconformidade
Diante do sofrimento de meu amigo,
Descobri em mim algo de inverdade,
O que descobri, agora, eu lhe digo.

Descobri que sou triste e cansativo,
Nostálgico, insatisfeito e recorrente,
Que sou ridículo e até repetitivo,
Que sou chato e estou descontente.

Sinto-me como velejador numa lagoa
Que se acha descobridor do mundo
E que, quando se começa a garoa,
Imagina-se num oceano profundo.

Sinto-me como um homem de trinta anos
Que olha no espelho e se vê numa criança,
Descobre-se fragilizado e que, como tantos,
Vê perdidas todas as suas esperanças.

Sinto-me como um pássaro medroso
Que teoriza a experiência de voar
E que o faz de modo simples e glorioso,
Mas nunca teve a coragem de se entregar.

Pois conheço muito pouco da vida
E falo como se fosse profundo conhecedor,
Sou infantil com relação a despedidas,
E vejo que sou um eterno descobridor.

Raul Cézar de Albuquerque
26/02/2011

Santo e Monótono...

A leitura de II Samuel 6.1-19 é tão bela quanto assustadora. Ela conta a saga do transporte da Arca do SENHOR para Jerusalém...


Davi tinha sido coroado Rei de Israel e – como primeira providência – mandou trazerem a Arca da Aliança para Jerusalém, pois onde estava a Arca estava a Presença do Altíssimo. Davi mandou que Uzá e Aiô – filhos de Abinadabe – trouxessem a Arca para Jerusalém e eles estavam dispostos a levá-la. Mas tamanha glória tornou-se normal para eles, a Arca já estava lá no celeiro há muito tempo, já era “de casa” e eles se esqueceram da reverência que deveriam manter àquela Arca.

Eles fizeram como os filisteus faziam, colocaram a Arca num carro de bois – a Arca deveria ser transpassada por duas varas de bambu e serem levadas nos ombros –, ou seja, estava na cara que não iria dar certo... Pois bem, no meio do caminho um dos bois tropeçou, a Arca pendeu e iria cair, Uzá correu para salvá-la e tocou na Arca, e foi fulminado no ato.

É belo o zelo de Deus pela sua Arca, é assustador ver a rapidez de Deus para zelar pela Sua Palavra.

Não deixe o santo se tornar monótono!

Preconceito...

Era dia de festa no bairro, as crianças corriam, as velhas tricotavam, os velhos discutiam, os jovens paqueravam e os vendedores trabalhavam...

Mas o vendedor de balões se destacou, não com gritos, mas por que lançava balões ao céu para chamar a atenção das crianças. E lá subiam... Um balão vermelho, um azul, um amarelo, outro vermelho, uns verdes, um lilás e... Por fim um branco... E todos subiram... Subiram... Subiram... E sumiram no céu escuro sem nuvens nem estrelas daquela noite.

Daí pra frente, o vendedor ficou rodeado de crianças que queriam comprar balões e as meninas brigavam pelos escassos balões cor-de-rosa... O tempo passou e o povo foi embora aos poucos... Ficaram poucas pessoas no parque, só vendedores e um menino negro encostado numa árvore enorme que o fazia parecer menor do que já era... Até que o menino se levantou e caminhou até o vendedor de balões, chegou nele e ficou calado, o que chamou a atenção do humilde vendedor para a pobre criança... Até que o silêncio foi rompido pela fala do menino:
_ Moço?!
_ Oi?!
_ Se o senhor soltasse um balão preto, ele voaria tão alto quanto os outros?
_ Hum – o homem revelou profunda sabedoria ao dizer – não é a cor, menino, é o que está dentro deles que os faz subir...

Sangue e Água...

Veja o que diz João 19.31-34:


“Então, os judeus, para que no sábado não ficassem os corpo na cruz, visto como era a separação, pois era grande o dia daquele sábado, rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas, e fossem tirados. Os soldados foram e quebraram as pernas ao primeiro e ao outro que com ele tinham sido crucificados; chegando-se, porém, a Jesus, como vissem que já estava morto, não lhe quebraram as pernas. Mas um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.”

Preste atenção na citação: “sangue e água”.

Sangue: O trabalho de Cristo por Nós.

O sangue é o trabalho de Cristo na Cruz por todos nós, retirando todo o pecado – coisa que nós não poderíamos fazer sozinhos –, é a consolidação, a prova da graça de Deus.

Assim como Paulo nos diz em Romanos: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira” (Rm 5.8,9)

Água: O trabalho de Cristo em Nós.

A água é o trabalho de Cristo em cada um de nós por meio da Sua Palavra e da Sua Presença – portanto também depende de nós – é a prova do Seu amor e do Seu poder.

É o que Jesus diz à mulher samaritana: “Aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna” (Jo 4.14)

A Salvação de cada um depende do sangue – aceitar o sacrifício de Cristo – e da água – aceitar a mudança que ele propõe na Sua Palavra.

Temperaturas Extremas...

O nosso planeta é enorme e tem características impressionantes e únicas - Deus fez com exclusividade - vejamos algumas das temperaturas mais extremas já registradas...

Temperatura mais alta: 57,7°C
Local: Azizia, Líbia.
Data: 13 de setembro de 1922

Período climático mais quente: 48,8°C ou mais por 43 dias consecutivos.
Local: Dealth Valley, EUA.
Período: 6/7 – 17/8/1917

Período climático quente mais longo: 38°C durante 162 dias consecutivos.
Local: Martin Bar, Austrália.
Período: 31/10/1923 – 7/4/1924

Temperatura média anual mais alta: 34,4°C
Local: Dallol, Etiópia.
Data: 1960 a 1966.

Temperatura mais baixa: -89°C
Local: Vostok, Antártida.
Data: 21 de julho de 1983.

Temperatura média anual mais baixa: -56,6°C
Local: Estação Pleasteau, Antártida.
Data: 1965

Temperatura mais baixa num local habitado: -71,2°C
Local: Oymyakon, Sibéria, Rússia.
Data: 3 de fevereiro de 1933.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O Romantismo...

Liberdade guiando o povo
Tinha havido a Revolução Francesa, a vida em sociedade não era a mesma, a política não era a mesma, o povo não era mais o mesmo, a arte não poderia continuar sendo a mesma... O Romantismo nasceu nesse contexto de revolta, alegria e desequilibrio... muito desequilíbrio, os artistas românticos queriam mostrar todo o potencial do ser humano sem barreiras nem limites, essa pintura (Liberdade guiando o povo, Eugene Delacroix, 1818)  é o simbolo-mor da Revolução Francesa que representa a liberdade como uma mulher de seios fartos que alimentaria todas as sociedades que se devotassem a ela.
Goethe
O movimento romântico teve seu pontapé inicial oficial com a publicação de "O sofrimento do jovem Werthe" do alemão genial Goethe que pôs fogo no coração dos jovens alemães de modo que os que liam o livro se suicidavam ao ler o seu final, quando Werthe declara-se para a sua amada e eles se amam loucamente, então ele chama-a para fugir com ele, ela nega e ele se mata. Na verdade, Goethe inaugurou o casamento por amor na literatura, que na vida real era só para justificar o casamento entre um nobre e um burguês (a burguesia tinha dinheiro, mas queria ter poder reconhecido através de um título de nobreza).
Marat Assassinado
Na pintura, o romantismo revelou pragmátigo e abstrato, mas, acima de tudo, política. Jaques-Louis David foi o pintor que cntou a história da Revolução com suas pinturas que culminaram no trágico "Marat Assassinado" que retrata o teórico político Marat morto, enquanto tomava banho no calor do verão parisiense, mas, antes da morte de Marat, David já tinha pintado as reuniões dos revolucionários e feito retratos de grandes pessoas da época como o histórico de Lavoisier. David incomodou muito, a maioria de suas pinturas foi queimada ou escondida para nunca mais serem vistas como "A morte de Lepeletier" que foi comprado pela filha do retratado e destruído.

Tempestade, vapor e água

A força dos traços de Turner no quadro "Tempestade, vapor e água" revelam a beleza e a descoordenação do conceito romântico do belo. A despreocupação com a reação do espectador e a liberdade de criação foram as forças que motivaram a liberdade de expressão dos artistas como José de Alencar ou Gonçalves Dias que escreveu estes versos no seu poema "Se se morre de amor" :

Se se morre de amor! – Não, não se morre,

Quando é fascinação que nos surpreende
De ruidoso sarau entre os festejos;
Quando luzes, calor, orquestra e flores
Assomos de prazer nos raiam n’alma,
Que embelezada e solta em tal ambiente
No que ouve e no que vê prazer alcança!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Todo aquele...

É interessante quando Paulo diz:
Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade. (ITimóteo 2.3,4)
e ele repete:
O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo. (I Timóteo 2:6).
Dizendo que Cristo Jesus morreu por todos nós... mas não dá para esquecer que a salvação é baseada na política do "todo aquele"... um espécie de "toma lá, dá cá"... tem que haver reciprocidade... Quer exemplos!?
Um versículo-centro da Bíblia dito na conversa com Nicodemos...
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. (João 3.16)
De novo!
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. (João 12.46)
Por fim, posso dizer que no todo aquele está a diferença entre o novo e o velho testamento. Quer ver!?
Porque abominação é ao SENHOR teu Deus todo aquele que faz isto, todo aquele que fizer injustiça. (Deuteronômio 25.16)
Isso é o que diz o velho testamento, mas o novo  testamento é a nova aliança! Vejam a beleza das palavras de Paulo...

Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. (Romanos 10.13)


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Fazendo a História...

Daqui a alguns anos veremos o ano de 2011 em destaque... Talvez, hoje não vejamos assim, mas os noticiários indicam um fato histórico, uma onda de independências no mundo islâmico, regimes mantidos há decadas estão sendo quebrados pelo poder do povo.
2011 vai ficar ao lado de anos como 1492 - ano de descoberta da América-, 1776 - ano de independencia dos Estadus Unidos da América -, 1989 - ano da queda do Muro de Berlim...
Imagine... você está assistindo a um fato histórico importantíssimo... quando se quebram regimes ditatoriais... quebra-se uma linha de injustiças... o povo só continua igual se quiser - esse é o perigo!

Se passares...

"Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti". Isaías 43.2
É fácil achar nas escrituras pessoas que sentiram-se sozinhas e, por isso pecaram. Quando nos sentimos sozinhos - desamparados por Deus - nos afastamos dEle por vontade própria. Sentir sozinho é normal, mas agir como alguém sem amparo chega a menosprezar o nome do Senhor. Mas lembre-se sempre...

Ele é Jeová Giréh: o Deus que Provê
Ele é Jeová Rafáh: o Deus que Cura
Ele é Jeová Sabaot: o Deus que Julga
Ele é Jeová Nissi: o Deus que é a tua Bandeira.

Quando nos sentimos sozinhos... pecamos, quer exemplos?

Esaú irou-se quando achou que Deus o havia desamparado, por causa da indiferença do seu pai... temos uma lição: não é porque as pessoas nos deixam ou nos ignoram que Deus também o fará

Davi pecou quando esqueceu-se de que Deus o tinha colocado no trono de Israel... temos outra lição: Deus te deu tudo o que tens, nada que Ele te tire será injustiça, lembre-se de Jó:  
"o SENHOR o deu, e o SENHOR o tomou: bendito seja o nome do SENHOR" (Jó 1.21)